Como usar o celular ou smartphone em Aruba

Atualizado em março de 2018

Uma pergunta frequente nos comentários do blog é como fazer para usar o celular ou smartphone em Aruba ou como fazer ligações para o Brasil? Então depois de uma checada nos preços, eu resolvi facilitar a vida dos meus leitores e explicar como funciona o esquema de ligações e quanto custa. Uma informação que vale a pena saber antes de tudo: em Aruba não é possível fazer ligações a cobrar para o Brasil. Com isso em mente, vamos ver quais são as opções que existem.

A primeira opção que você tem é usar o roaming da sua operadora no Brasil. Mas essa é também a pior opção, assim que nem pense em fazê-lo! Melhor ainda, desabiite o roaming quando você vier. Meu marido, que não consegue viver desconectado, teve a má idéia de usar o blackberry por só dois dias no Brasil alguns anos atrás, só para dar uma “olhadinha” nos mails. E pagamos U$300 por isso. Fazer o caminho inverso e usar o celular do Brasil aqui, resulta numa facada nessa faixa ou maior.

A segunda opção é vir com o smartphone ou tablet ou laptop e usar wifi quando estiver disponível. Daí dá para fazer chamadas para o Brasil através de um programa de voip, como o skype, voipbuster, etc. É o que a maioria dos turistas faz e é uma boa opção para quem não faz questão de estar conectado o tempo todo. Só que é preciso levar em consideração que nem todos os hotéis tem wifi grátis. E existem hotéis que só disponibilizam internet por cabo nos quartos. Em média, os hotéis que não disponibilizam wifi grátis cobram $50 por semana pelo seu uso. Para quem prefere não pagar para ter a internet no hotel, basicamente resta ir ao Starbucks, McDonalds, Taco Bell ou algum restaurante moderninho que disponibilize. Só que eu acho que sair do Brasil para comer fast food igualzinho ao daí muito sem graça. Além do que, você vai acabar gastando com a comida e se bobear, no final vai custar mais que os $50. Então eu acho a terceira opção uma boa idéia para quem gosta de estar conectado e/ou não tem wifi grátis no hotel.

A terceira opção é comprar um sim card (chip) para o smartphone (lembre-se de que ele deve estar desbloqueado) com um plano pré-pago e adicionar um plano de dados para ter internet. Com isso você vai ter todas as facilidades do mundo como: poder ligar para um restaurante para fazer reservas, ou para diferentes operadoras para comprar um tour, ter um GPS (no caso de alugar um carro) e não se perder, estragando horas preciosas das suas férias, poder ir postando fotos das suas férias no facebook, instagram ou twitter, fazer check-in no foursquare, etc. Enfim, para mim, que sou uma dependente total de tecnologia, é imprescindível.

Em Aruba existem duas operadoras: a Setar (pronuncia-se sêitar), que antes de ser privatizada era do governo e a Digicel, que existe em Curaçao e Bonaire também. Aqui em casa, nós temos Setar, mas acho que as duas são equivalentes em cobertura. E ambas são boas. Em Aruba existe 4G de alta velocidade em toda a ilha para a transmissão de dados, resumindo: sempre você vai ter internet. Pausa para o meu choque cultural de expatriada ao passar as férias no Brasil. Comprei um chip da tim, que não sei se é melhor, pior ou equivalente às outras operadoras. Mas era um tal de lugares que tem e que não tem cobertura que é um saco. Já estou desacostumada dessa de ficar andando de um lado para o outro procurando sinal. Por ser um lugar turístico e por ser pequena, em Aruba esse problema não existe. A ilha inteira tem sinal.

Então vamos ao o mais importante, quanto se paga e como se faz:

1º Preço do sim card (chip).

Setar: $23

Digicel: $20

No preço das duas operadoras está incluído 6 dólares em ligações, o que provavelmente vai ser mais que suficiente para uma semana. No caso do crédito acabar antes, as lojinhas dos hotéis vendem cartões para recarga, a partir de 5 florins ($3).

2º Preço plano de dados (o acesso à internet).

Setar ArubaSetar 

Data bundles para quem não precisar crédito em ligações:

1 semana com 1 gb por $ 12

2 semanas com 2 giga por $ 20

 

Digicel Aruba

Digicel

1 semana por $16 com 700mb de dados

1 mês por $35 com 3gb de dados

 

 3º Onde comprar

As duas operadoras têm um quiosque no desembarque do aeroporto, que está aberto de segunda a segunda.

Então esse horário é o que dificulta para muitos brasileiros ter essa opção. Para os que chegam com a Avianca, vai depender da rapidez de conseguir as malas e passar pela imigração. Os que com certeza conseguem comprar o sim card no aeroporto são os passageiros da Copa. Então se você fizer parte daqueles que não conseguem comprar o sim card no aeroporto, existem duas alternativas: a Setar tem uma loja em Palm Beach, que fica ao lado do Wendy’s, mas a Digicel só tem uma loja no centro, na avenida do litoral (L.G. Smith Boulevard) em frente ao Seaport Mall.

Resumindo: comprar um sim card vale muito à pena se você se hospedar num hotel sem internet grátis ou se simplesmente quiser ficar conectado enquanto estiver de férias.

Seguro de viagem internacional ou saúde em Aruba

Estamos a menos de uma semana de ir para o Brasil e entre os itens obrigatórios para os nossos preparativos de viagem está contratar um seguro de viagem internacional. Então, deixa eu aproveitar para esclarecer as dúvidas de quem está vindo e quer saber como funciona a saúde aqui também.

Sobre como funciona o sistema de saúde para locais, eu expliquei nesse post aqui. Só que se você vem como turista, nada disso vale para você. Até onde eu sei, independente do tipo de sistema de saúde que cada país tenha – pública ou privada – as regras só valem para cidadãos e não incluem turistas. Então para você, tudo sempre vai ser pago. Inclusive os remédios que, como eu expliquei, são gratuitos para os locais, desde que sejam prescritos por  um médico. Existem bem poucos remédios que podem ser comprados sem receita, basicamente xaropes para tosse e vitaminas. O resto todo somente com receita. Por isso vale a pena se precaver e trazer os remédios que você possa precisar. E eu acho que vale a pena ir para todas as partes com um cartão de crédito, porque mesmo em caso de urgência, eles vão pedir, sério. Nós conhecemos uma americana que se hospeda aqui há muitos anos. Ela tem um quarto por onze semanas consecutivas no mesmo hotel timeshare que meus sogros tem, então digamos que ela praticamente mora aqui quase três meses do ano. Uns anos atrás, ela sofreu um acidente de carro num cruzamento, por sorte perto do hospital. Ela quebrou o braço, sofreu umas contusões e foi levada ao hospital com rapidez. Meio grogue e assustada, ela estava ainda na maca dentro da ambulância quando o paramédico perguntou se ela tinha cartão de crédito com ela. Como ela ainda estava meio zonza, não respondeu na hora. O paramédico resolver repetir a pergunta em vez de perguntar como ela se sentia, hehehe. Segundo ela nos contou, o pessoal só ficou tranquilo para atendê-la depois de ter certeza de que ela sim, tinha um cartão de crédito. :)

Como funciona

De nada adianta fazer um seguro de viagem e não saber usar. Isso eu descobri por conta própria uns anos atrás. A primeira vez que eu viajei para fora do Brasil foi nos idos de 97, quando eu fiz um mochilão pela península ibérica. Precavida, fiz um seguro de viagem assim que eu comprei a passagem. Um belo dia, caminhando em Córdoba à noite, eu pisei em falso e torci o pé. Pensando que não tinha sido grande coisa, eu fui dormir tranquila. No dia seguinte, parecia que tinha nascido uma batata no meu tornozelo. 😮 Resolvi ir para o hospital, onde enfaixaram meu pé, me deram uma receita de anti-inflamatório e me mandaram comprar uma tobillera (tornozeleira), aumentando o meu vocabulário de espanhol da época. :p Eu guardei o recibo de tudo e voltei para o Brasil tranquila, segura de que tudo ia ser ressarcido. Afinal, era para isso que eu tinha feito o seguro, certo? Errado.

Não é assim que funcionam alguns seguros de viagem. Normalmente, eles te dão um número de atendimento 24h e qualquer coisa que aconteça, a não ser que seja urgência mesmo, tipo um acidente, é preciso uma autorização do seguro. Nos destinos mais comuns – e esse é o caso de Aruba – o seguro tem acordo com alguns médicos e ao ligar para o número de atendimento, eles mandam um médico para o seu hotel ou te dão o número de um médico para que você mesmo ligue. Esse médico vai te receitar o que você precisa e, se necessário, autorizar a sua ida para um hospital ou clínica conveniada com o seguro. Eu sei que existem várias clínicas que atendem com convênio de seguradoras aqui em Aruba, mas é inútil eu dar o endereço ou telefone porque a seguradora é que pode informar qual você pode ir.

Outro exemplo de como funciona um seguro. Na época que as nuvens do vulcão islandês paralisaram quase toda Europa, eu tinha duas conhecidas de férias no México, cada uma com seu marido. Os dois casais tinham seguro de viagem. Ao término da estadia não havia vôos para voltar para a Espanha e eles foram forçadas a ficar alguns dias mais. O que um casal fez? Resolveu pagar o resort que eles estavam alguns dias mais e quando voltaram para casa foram tentar reaver o dinheiro. O seguro deu uma banana para eles. O que o outro casal fez? Ao serem avisados de que não podiam voltar para casa, ligaram para o seguro. A seguradora disse que havia feito um acordo com um hotel do centro, um três estrelas bem longe da praia e do resort onde eles estavam hospedados. Eles foram para esse hotel, sem precisar pagar nada e ficaram lá esperando que os aeroportos europeus fossem reabertos. Então, fique ligado nas regras da seguradora para não fazer seguro à toa.

O nosso caso

Não sei como é no Brasil, mas aqui existe a opção de se fazer um seguro de viagem anual. A vantagem, em 1º lugar é econômica. Como vamos por algo mais que 30 dias, se fizermos um seguro por dia, o preço sai o dobro do que vamos pagar por um seguro anual. E com esse seguro estamos tranquilos para o resto do ano, os três. Assim que não tenho que preocupar com alguma viagem de trabalho que meu marido possa fazer ou se resolvermos aproveitar a semana do saco cheio em outubro.

Nas últimas vezes que fomos ao Brasil, fomos sem seguro. Mas no ano passado meu sogro teve um piripaque enquanto estava fazendo um cruzeiro e teve que ser hospitalizado de urgência. E também uma das minhas sobrinhas teve um ataque de bronquite enquanto estava de férias na Disney. Nem meus sogros nem meu cunhado tiveram que gastar nada porque o seguro cobriu. Como não estamos a fim de dar mole (vai que somos os próximos da lista), este ano viajamos com seguro sim.  E você, já precisou usar seu seguro de viagem? Conta aí como foi!