Um tour para conhecer a comida e o centro de Aruba

Na 6a feira nós fizemos o Fusions of the World Food Tour, que é um tour por 5 restaurantes de Oranjestad. Enquanto passeamos pelo centro, o nosso guia Mark Benson foi explicando a história dos principais pontos históricos que vamos vendo pelo caminho. Como ele comenta, esse tour é 20% de história e 80% de comida. Se você  é daquelas pessoas que tem vontade de conhecer um pouco da culinária de Aruba e ao mesmo tempo conhecer um pouco da historia e de curiosidades locais, esse tour é para você.

guia dando explicacoes

O nosso guia Mark dando as explicações iniciais

Os restaurantes e o cardápio variam, mas sempre priorizam a culinária local. No nosso caso, o grupo não era composto por turistas, mas sim por pessoas da ilha que trabalham com turistas, então tivemos uma espécie de tour do tour. O tour começa às 18:45h e o ponto de encontro fica em frente à Cosecha, uma loja de artesanato local que fica num predio centenário. Eles oferecem traslado do hotel para o ponto inicial do tour, mas isso não inclui a volta, então há que se levar em conta que a volta fica por conta de cada um.

Em cada restaurante você é recebido com uma porção de comida e uma bebida para acompanhar. A nossa primeira parada foi no restaurante The Old Fisherman, um lugar super tradicional de peixes, onde provamos polenta (algo que é tão típico daqui, que na casa da minha sogra, por exemplo, tem todos os dias), pan bati (uma espécie de pão de frigideira feito com farinha de milho) e bolinhas de peixe (balchi pisca) fritos com molho típico de Aruba, chamado saus crioyo, à base de tomate, cebola e pimentões. A porção foi bem generosa e estava tudo delicioso, o duro foi se controlar para deixar espaço para todos os restaurantes que ainda faltavam. O nosso drink foi o Aruba Ariba, que é um coquetel de ponche de frutas, vodca, rum, licor de bdanana e Gran Marnier, delicioso!

Quando saímos, o Mark nos contou que o prédio que fica na frente do restaurante é uma casa tombada pelo departamento de monumentos da ilha, com mais de cem anos. Pois essa casa ficava na Mainstreet e pertencia a um banco, que queria usar o terreno da casa para ampliar o seu estacionamento. Como eles não podiam mexer na casa tombada, eles propuseram traslada-la para o lugar onde fica atualmente. Eu acho que nunca tinha visto uma casa que mudou de lugar, então acho que esse é um caso bastante raro.

nossa porção de aperitivos e bebida

No sentido horário: bolinho de peixe, pan bati e polenta acompanhados de saus crioyo e Aruba Ariba para acompanhar

De lá, fomos caminhando pela orla, aprendendo curiosidades sobre os restaurantes e edifícios. Chegamos ao Café The Plaza, famoso ponto de encontro de holandeses da ilha. Lá nós comemos bieterballen (uma espécie de croquete de carne), iscas de frango grelhadas e uma porção de queijo gouda com molho de amendoim, acompanhados por uma das cervejas locais, a Balashi. O Mark nos explicou as diferenças entre as quatro cervejas produzidas na ilha e também falou dos salgadinhos. Terminamos a nossa segunda degustação já com a barriga cheia, mas corajosamente fomos para a nossa seguinte parada. No caminho, ele explicou a historia da babosa (aloe vera) na ilha e passamos na loja de produtos de aloe, que funciona desde o século XIX. Lá todo mundo ganhou um vale desconto de $7 e ficamos todos felizes. Eu particularmente adoro o protetor solar deles, então o desconto será usado com certeza!

brinde com cerveja local

Nosso grupo brindando com Balashi

franguinho, croquete e bieterballen

Nossos aperitivos tudibom: franguinho, queijo e bieterballen

A terceira parada foi no Cuba’s Cookin’, um restaurante cubano que já ganhou um post aqui no blog. Na chegada fomos recepcionados por uma barwoman que nos mostrou como se faz o mojito, o tradicional drink cubano. Quem gosta de caipirinha, gosta de mojito, então eu adorei. Ainda bem que ela colocou bastante gelo, então não ficou tão forte, senão eu não sei como ia chegar ao outro restaurante, hehehe. Para comer tivemos três opções, podíamos escolher uma de cada. Duas das opções eram patacones que são uma  espécie de bolacha frita de banana da terra verde, com sabor salgadinho. Os patacones serviam de base para uma porção de carne vieja (prato cubano que parece carne louca com molho de tomate) ou uma alternativa vegana com pimentões e quiabo. A terceira opção era ceviche, que veio numa porção tão grande que eu quase não terminei de comer. Como meu marido é vegano, ele ficou feliz de notar que esse foi o único restaurante que ofereceu uma alternativa especialmente para esse público, algo que é condizente com o próprio cardápio deles, que tem diversas opções de entrada, prato principal e sobremesa veganos. De quebra, ganhamos um vale mojito para ser usado acompanhando uma refeição.

menu degustação do Cuba's Cookin'

Trio campeão: Patacón com carne vieja, ceviche e mojito

De lá, nós caminhamos à beira mar, cruzando o Wilhelmina Park, ouvindo histórias do parque e das estátuas. A quarta parada foi no The West Deck, que fica no início do Linear Park, o parque projetado pelo meu marido, que foi o motivo de termos vindo morar aqui. Lá nós comemos um mini-sanduíche de johnny cake recheado com frango na brasa temperado com uma mistura de muitas coisas e que é bem picante. A massa eu acho que tem o sabor parecido ao nosso pastel, só que mais grosso. O johnny cake é original da Jamaica e foi trazido a Aruba por imigrantes que vieram trabalhar na refinaria no inicio do século XX. Como a refinaria fica em San Nicolas, aqui em Aruba johny cake é típico de lá. O nosso foi acompanhado de limonada pra gente poder continuar o tour senão a gente ia acabar se perdendo com tanta birita!

aperitivo do West Deck: johnny cake

Nossos johnny cakes de frango

E para finalizar fomos ao Italy in the World, um restaurante charmosíssimo localizado na edificação mais antiga da ilha, uma casa mais de 200 anos de idade ao lado do Fort Zoutman. Mauro, o proprietário, um italiano da cidade de Trento, nos mostrou uma foto de 1885, onde aparece tanto a casa quanto o forte. E ambos à beira mar! Quem conhece a ilha sabe que hoje em dia existe um hotel e um shopping center naquela parte onde se  via o mar. Nem eu sabia que aquele trecho é aterrado, mas tendo sido a ilha colonizada por holandeses, não é de se estranhar. Sendo uma casa tão antiga, dá para entender porque o restaurante e tão pequenininho, com apenas seis mesas, mas que charme! Finalizamos a noite com um tiramisu acompanhado de vinho moscato, foi a chave de ouro que fechou nossa noite.

foto do restaur ante

Mauro nos mosta a foto de 1885 com o restaurante e o forte ao fundo

O tour durou aproximadamente 3h, depois de uma caminhada de quase 2 km, mas como fazemos várias paradas, não chega a ser cansativo. Além do que a gente acabou conversando e rindo bastante com o grupo. É muito importante ir com um sapato confortável, salto alto nem pensar até porque, em vários trechos, o solo é irregular. O preço e $65 e o tour sai as 2as e 5as feiras.O tour é  feito em inglês, mas no caso de alguém pedir, ele explica uma versão reduzida em espanhol.

Restaurante cubano em Aruba: Cuba’s Cookin’

Fazia tempo que queríamos conhecer o mais tradicional restaurante cubano de Aruba, o Cuba’s Cookin’. Junte um amante de salsa como meu marido e uma amante de comida cubana cubana como eu e é diversão garantida. O Cuba’s Cookin’ é um restaurante que tem música ao vivo todos os dias e quando eu digo música, eu quero dizer salsa. O motivo de eu amar comida cubana é porque eles também têm o costume de comer arroz e feijão, sendo que o feijão é cozinhado salgado, como a gente está acostumado. Se alguém já experimentou o feijão adocicado que os americanos gostam, sabem o que eu quero dizer.

O restaurante está localizado no Seaport Mall, o shopping à beira mar que fica ao lado da Marina e na frente do hotel Renaissance. Ele foi aberto por um casal, o marido canadense e a mulher cubana, ambos morando em Aruba.

Fomos duas vezes no último ano. Da primeira vez, logo ao chegar, tivemos uma surpresinha: nos trouxeram um aperitivo de cortesia: eram chips de mandioca com 3 tipos de molho, um mais gostoso que o outro. A cortesia pode ter a ver com o fato do gerente saber que eu tenho um blog, mas eu não reclamo não. :

Tiragosto de lasquinhas de mandioca

Tiragosto de lasquinhas de mandioca

Daí veio a hora de pedir os aperitivos de verdade, os appetizers. Como nós fomos acompanhados de uma amiga canadense, foi legal porque cada um pediu uma coisa e todo mundo pôde experimentar do outro. Pedimos garlic pork bites, por $14 e uma porção de lula frita (fried calamari) por $16. Achamos as porções gostosas e bem servidas. Eu pedi também um mojito, como não podia deixar de ser. Como se parece muitíssimo a caipirinha, também ajuda com a familiaridade que a comida cubana me traz.

masitas de puerco

Garlic pork bites

lula frita

Porção de lula frita

Da segunda vez que fomos, pedimos as empanadas, que se parecem muitíssimo ao pastel que eu sinto tanta falta. A porção vem com três, sendo uma de carne, uma de frango e uma de peixe. Estava tudo uma delícia, não me lembro o preço.

empanadas

Trio de empanadas

Daí vamos ao prato principal. Da primeira vez eu pedi ropa vieja porque é uma comida cubana famosa e eu nunca tinha experimentado. Na descrição, eu tinha a impressão de ser algo como carne louca, que no Brasil a gente usa para fazer sanduíche, o que é bem simples, mas eu queria saber como era. A verdade é que era bem simples mesmo, era arroz, feijão, verduras grelhadas e a carne desfiada com um molho de tomate. Achei meio sem graça para falar a verdade. O que foi sensacional mesmo foi o prato do meu marido, que pediu a zarzuela de mariscos de $22. O prato dele foi bem mais especial e gostoso.

zarzuela

Zarzuela de mariscos

Para compensar a decepção da primeira vez, da segunda vez que fomos, eu pedi a costelinha de porco barbecue por $25.50 e essa sim foi sensacional. Bem temperada, com o molho à parte (eu não sou muito chegada a molho barbecue) e bem acompanhada com arroz feijão, salada e banana frita que vai em praticamente todos os pratos. Foi um prato tão grande que acabei contando com a ajuda do marido e da filhota para acabar.

costillas en salsa bbq

Costelinha barbecue

Esse prato nos ajudou a superar a única decepção da noite que foi o prato da filhota. Pedimos do menu infantil e ela escolheu macarrão com queijo, o mac’n’cheese. Ficamos com uma grande suspeita de que o prato dela era um desse de caixinha que se compra facilmente no supermercado aqui em Aruba. Normalmente eu nem gosto de pedir do menu infantil porque são opções bem pobres nutricionalmente, tipo nuggets e batata frita, mas como ela insistiu em pedir, acabamos aceitando. Mas agora já sabemos que da próxima vez, pedimos um prato extra e ela come do nosso.

O outro bom motivo para ir ao Cuba’s Cookin’ é a música. Sempre tem bons músicos tocando uma boa salsa ao vivo e aproveitamos para dançar.

Para ver outros restaurantes que visitamos e escrevi a review, vocês podem dar uma olhada no post sobre onde comer em Aruba:

 

Um almoço e um jantar no Gostoso

 

vista do salão

Fazia tempo que eu tinha vontade de conhecer o restaurante português/arubiano Gostoso. Os leitores do tripadvisor que se deram o trabalho de deixar uma crítica, o deixaram no 1º lugar entre os restaurantes de Aruba,  então eu tinha que comprovar por mim mesma.

Localização

Chegar ao Gostoso não é muito fácil, convenhamos. Não que ele esteja longe. Ele fica no centro, mas fica numa rua bem escondidinha, em frente ao antigo hospital. O google mudou as regras do google maps para fazer a gente pagar, assim que agora o mapa não aparece bonitinho como antes, mas quem quiser ver um jeito fácil de chegar sem se perder, deem uma olhada:

Almoço

A primeira oportunidade de ir ao Gostoso foi um almoço num belo domingão de novembro. Como eu estou trabalhando desde novembro (cobrindo uma licença-maternidade até o fim de março) não é sempre que estou a fim de cozinhar no domingo. Então, no dia que o maridão falou: vamos almoçar fora? eu não pensei duas vezes. Ligamos para fazer a reserva e aproveitei para já ver o menu de almoço on-line. Não são todos os restaurantes de Aruba que necessariamente você tem que ter reserva, mas como nunca se sabe, a gente prefere sempre ligar antes.

Eu gostei do site do restaurante, é simples e acessível. E eu acho que ter o menu com preços on-line é uma mão na roda. Em primeiro lugar, porque você pode ter uma ideia do que eles servem e se todo mundo da família vai ter alguma coisa que gosta. E em segundo lugar para já ter uma ideia do preço e não ter surpresas na conta. Outra coisa que eu gostei foi ver os preços em florins que dão uma sensação de familiaridade.

O Gostoso é um restaurante familiar, fundado por José do Nascimento, um português nascido na ilha da Madeira e criado em Aruba. O menu reflete isso, com toques portugueses e caribenhos.

O restaurante é pequeno (eu contei oito mesas para dentro e duas para fora) e aconchegante, José e sua família vivem nos fundos dele e pelo o que eu notei, ele faz tudo por lá. Ele é o chef e também faz as vezes de hostess, quando tem tempo, vindo cumprimentar os hóspedes e explicar os pratos. As paredes são cobertas de azulejos e outros mimos da terrinha, da Holanda e até da Espanha.

Nós escolhemos do menu de almoço por um preço fixo de Afl. 40,50 (uns $23) sem incluir bebidas. Pode-se pedir a la carte também, mas como tudo o que queríamos estava no menu, ficamos com ele.

detalhe da parede

Para começar pedimos o tal sushi criollo (para quem não sabe, em espanhol, criollo se refere a uma comida típica de um lugar, não tem nada a ver com raça), que era um sushi enrolado numa banana, em vez de alga. Eu achei diferente, mas ficou com gosto de sobremesa, então para o meu gosto, não achei legal começar comendo algo doce. De todos os modos, fomos para comer algo diferente e valeu.

sushi criollo

Sushi criollo

De segundo prato, eu pedi a bacalhoada (Bacalhau Portuguese Style do menu) e o marido pediu Steak di Lomito a Caballo, que é o tradicional bife a cavalo do Brasil. Os dois estavam gostosos e bem feitos.

Bacalhoada

Bacalhoada

Lomo a caballo

Bife a cavalo

A sobremesa foi o ponto baixo para mim, pedi um bolo de chocolate e ele era suspeitamente idêntico ao vendido num grande supermercado da ilha e bem sem graça. Meu marido pediu o pudim de côco (no menu aparece como quesillo de coco) e gostou. Nós pedimos para beber uma sangria, que estava deliciosa, por sinal. Todos os restaurantes de Aruba oferecem água com gelo, assim que às vezes nem pedimos bebidas à parte.

Na hora da conta, uma surpresa. os valores não pareciam bater. Achamos estranho porque a nossa conta era bem fácil de fazer: tínhamos pedido 2 menus, 1 pasta bolonhesa para a filhota e 1 sangría. Eles adicionam 15% de gorjeta à conta, como a maioria dos restaurantes de Aruba faz. Como a conta tinha vindo só com o valor total, pedimos para ver o detalhe das bebidas e lá constataram que o garçom de bebidas tinha posto um valor de outra mesa na nossa e a conta foi revista, o garçom se desculpou.

Jantar

Em dezembro, resolvemos voltar, desta vez para um jantar com meus sogros. Na temporada de natal, a maioria dos restaurantes oferece um menu especial, com 3 ou 4 pratos por um preço fixo. Mas fiquem de olho, nem sempre o garçom te dá essa opção. Quando nós chegamos, por exemplo, o garçom nos trouxe um menu a la carte normal e só quando perguntamos se havia algum menu especial é que ele trouxe o menu de natal. Então fica a dica: sempre pergunte se existe um menu especial, você pode dar a sorte de conseguir um early bird ou qualquer outro menu comemorativo.

menu de natal

Na nossa mesa acabamos optando alguns pelos bolinhos de bacalhau (pasteis de bacalhau) e outros pela lula empanada (calamari breaded). Tudo uma delícia!

calamari breaded

Lula empanada

bolinho de bacalhau

Bolinho de bacalhau

De prato principal, o meu sogro foi de especial de frutos do mar e dourada (seafood special) que eu até teria experimentado se não tivesse um molho à base de leite de côco. Eu sei que tem gente que adora a combinação de leite de côco com peixe, mas coisas doces no meu prato salgado não me inspiram muito. De todos os modos ele adorou.

seafood special

Especial de frutos do mar

Nós outros três fomos de surf & turf. Não sei se existe um nome para isso em português, mas essa é uma denominação para qualquer prato que combine carne vermelha com peixe e/ou frutos do mar. O surf & turf naquele dia era filé mignon com tempurá de camarões gigantes. Estava divino, de comer rezando.

Surf&turf ou mar e montanha

Surf & turf

Aliás, entre o primeiro e o segundo prato, todos ficamos tão cheios que trocamos a sobremesa por um café ou chá.

O único porém da noite foi a hora da conta, de novo. Como nós tínhamos convidado meus sogros, eu fiquei encarregada fazer os acertos. Fui até o caixa, conferi a conta, estava tudo certinho. Tinha dado $180 para os 5, com bebidas e tudo. Até aí tudo bem. Daí eu vi que eles não tinham adicionado os 15% de gorjeta, então disse para o caixa arredondar para $200. Bem na hora de passar o cartão o caixa viu que não tinha posto os 15% e falou: ficou faltando a taxa de serviço. Daí, ele alegremente adicionou $27. Resultado: acabamos pagando generosos $47 de gorjeta, em vez de $27. Bom, nem tudo é perfeito. Da próxima vez, vou ficar mais esperta.

 

O nosso jantar “early bird” no Taste of Belgium

Em dezembro, eu e maridão fizemos 9 anos de casados e ganhamos dos meus sogros um vale-presente do restaurante Taste of Belgium.  Então semana passada aproveitamos que a filhota de 6 anos se independizou, decretando que vai dormir todas 6as na casa dos avós e resolvemos fazer um kit jantar+cinema.

O Taste of Belgium fica no shopping Palm Beach Plaza Mall, onde também tem um complexo de salas de cinema. Como o filme (The Hobbit) começava às 20:45h, resolvemos ir mais cedo para aproveitar o nosso jantar tranquilamente.

Chegamos e fomos simpaticamente recebidos pela supervisora do lugar, uma jamaicana muito amável e sorridente que nos deixou escolher a mesa que queríamos. A seguir veio o garçom de bebidas que nos deu o cardápio de bebidas e gentilmente disse que a gente pedisse logo, ainda aproveitava a promoção de 2×1 da happy hour. Pedimos duas piñas coladas porque eu não bebo cerveja, mas os cervejeiros têm à sua disposição um cardápio com especialidades belgas.

nossas bebidas 2x1

 

cardapio de cervejas

Algumas das especialidades

A seguir, veio a garçonete de comida e nos deu uma melhor surpresa ainda: como faltavam 5 min. para as 19h, nós ainda tínhamos o direito de escolher do menu early bird. Para quem não sabe, a expressão early bird, em inglês, se refere a pessoas com o hábito de fazer tudo mais cedo, acordar cedo, comer cedo e dormir cedo. Normalmente são pessoas mais velhas e quem tem pais ou avós que almoçam às 11h e jantam às 17:30h podem por a mão aqui. 😉 Como uma forma de tornar seus restaurantes mais rentáveis, alguns restaurantes fazem menus com desconto, como uma forma de não deixar o restaurante vazio num horário que não costuma atrair a maioria das pessoas. O menu costuma ter um preço fixo com poucas opções de pratos e é oferecido das 17h às 19h.

O bom foi que nós fomos ao Taste of Belgium preparados para pagar caro. Até brincamos que o gift certificate de $30 só ia dar para pagar a sobremesa, então a dupla surpresa de comida e bebida mais baratos nos fez ficar felizões antes mesmo de comer, huahuahua. O early bird menu custa $27,50 e te dá 2 opções de entrada, 2 opções de prato principal e uma escolha entre sobremesa ou café. Não sei se todos os dias é igual, mas no dia que fomos dava para escolher entre uma salada ou uma sopa de cogumelos de entrada, uma garoupa ou um filet mignon com molho de cogumelos de prato principal e a sobremesa era uma bola de sorvete com salada de frutas. Nós dois escolhemos igual: sopa e filet mignon.

sopa de cogumelos

Sopa diliça com pãozInho

filet mignon

Filet mignon tão molinho que nem precisava cortar…

Pelo o que a gente notou, todos os pratos principais vinham com as batatas fritas típicas da Bélgica, que sempre vem em um cone e com maionese e ketchup de acompanhamento. A sopa estava ótima, mas o filet mignon estava di-vi-no. A carne era tão macia que nem precisava cortar, era só dar uma puxadinha com o garfo e a faca, o molho dava a vontade de lamber o prato. Eu nem consegui terminar a sobremesa de tão cheia que estava mas as frutas estavam fresquinhas e o sorvete eram bons também. Meu marido finalizou o jantar com um chá de hortelã que era bem gostosinho e fresco.

salada de frutas

Sobremesa

chá de hortelã

Olhem que copo de chá mais lindo

No final a conta deu $64 e veio sem taxa de serviço (existem restaurantes que incluem e outros não), sendo que nós acrescentamos $11 de gorjeta porque estávamos realmente satisfeitos com tudo: com o fato deles terem oferecido o menu early bird para escolher (muitos restaurantes têm essa opção, mas nem sempre os garçons avisam, olhem a pegadinha), com o fato do garçom de bebidas também nos ter alertado para a promoção 2×1 da happy hour e com tudo em geral.

Agora vejam se valeu à pena: no site do restaurante dá para ver que a sopa custa $6.50 e o “filet mignon Belgique” $26.75. Isso sem nem contar a salada de frutas com sorvete que não fazem parte do menu “normal”, então não podemos comparar o preço.

Assim que fica a dica para aqueles que se dispuserem a sair um pouquinho mais cedo da praia a tempo de ter um jantar mais econômico. Também é uma boa pedida para quem tem crianças pequenas que provavelmente vão estar cansadas de brincar o dia inteiro na praia e não vão aguentar estar acordadas para um jantar mais demorado. :)

Nossa visita ao Zeerover

Muita gente considera o Zeerover um lugar obrigatório da lista de onde comer em Aruba. E por incrível que pareça, até o domingo passado eu não conhecia, hehehe. Confesso que essa afirmação sempre chocou muitos amigos, conhecidos e turistas, todos fãs de carteirinha e a verdade é que o lugar tem muita clientela fixa e móvel.

Como chegar

O Zeerover fica em Savaneta, que é um distristo de San Nicolas, então é uma boa pedida para quem estiver indo ou voltando de Baby Beach e Rodgers Beach. É super fácil de achar, desde que você saiba a entradinha para ele. Como nenhum turista sabe, eu fiz um mapinha com duas linhas, uma mostra como chegar vindo de Baby Beach e outra como chegar vindo dos hotéis. Se vocês forem espertos, podem imprimir antes de vir e não perder tempo das suas preciosas férias rodando sem destino. 😉


View Caminho para o Zeerover in a larger map

O lugar em si

Deixa eu começar contando as origens do Zeerover. Se alguém estranhar eu não estar usando o termo restaurante, é porque não é mesmo. O Zeerover (palavra que significa pirata em holandês) é um ancoradouro para pequenos barcos de pesca. Pequenos mesmo, porque aqui a pesca normalmente é um hobby que muita gente tem. Alguns ganham um dinheirinho com isso e vendem em peixerias ou restaurantes e outros só para consumo próprio. Algum tempo atrás, alguns pescadores resolveram comprar umas panelas com cestos para fritura de imersão e assim poder comer o peixe que haviam acabado de pescar. Com o tempo foram pondo mais mesinhas de madeira e depois acabaram passando a vender. E basicamente ficou assim até hoje. Lá não tem uma cozinha (razão pela qual eu me recuso a chamar de restaurante), até hoje tudo é feito nos cestos de fritura ou feito fora, previamente.

Então funciona assim: você chega e não entra. Olhe a fila que tem em frente a um mostrador do lado esquerdo. Daí você vai poder ler o menu permanente. Sempre vai ser o peixe do dia, camarão, banana frita, pan batí (um pão típico de Aruba, que comumente se come com peixes) e cebola à vinagrete. Cartão de crédito ou débito são desconhecidos por lá. Só dinheiro vivo, pode ser dólar ou florim, como em todos os lugares de Aruba.

Menu do dia

Menu permanente

Então, por curiosidade, você pergunta a uma das senhoras, qual o peixe do dia. No domingo era mahi mahi (dourado).

O nosso fresquíssimo mahi mahi

O nosso fresquíssimo mahi mahi

No mesmo instante que a senhora nos disse qual era o peixe, um pescador chegou com alguns red snapper (pargo vermelho) que ele tinha acabado de pescar. Adoramos red snapper, mas ele ia demorar um tempo para descamar, então ficamos com o mahi mahi, que também é uma delícia.

red snapper

O red snapper que não comemos

Daí vem o cálculo do preço, que é a coisa mais imprecisa do planeta. Elas perguntam o quê você vai querer, considerando o número de pessoas como unidade de medida. Então nós pedimos peixe para duas pessoas e meia (porque estávamos com a filhota) batata frita para duas pessoas e pan batí para uma pessoa. Isso sairia por U$ 24. Daí nós dissemos que queríamos camarão também, porque vimos os camarões super graúdos e com uma ótima pinta. Só que a senhora colocou uma quantidade enoorme de camarões e vimos que não íamos dar conta de comer. Depois que ela reduziu (para o que depois contamos em 22!), acabou ficando $ 11 mais caro, contando com uma porção de molho tártaro. Então, convenhamos que é farto e barato.

nossa visita ao Zeerover

Depois disso, ela passa o peixe e camarão para o senhor responsável por fritar. Nós pegamos um número e escolhemos alguma mesa para sentar. O único serviço de mesa é na hora em que tudo fica pronto. Eles trazem o peixe e a batata dentro de um cesto com papel para tirar um pouco da gordura, pratos e talheres de plástico e bom apetite!

porção de peixe e camarão

5 postas enoormes de peixe e 22 camarões graúdos, nham, nham, nham

O almoço foi fartíssimo, sobrou batata frita, porque preferimos nos esforçar em terminar o peixe e os camarões. Estava tudo uma delícia, a única ressalva que eu faço é que em algumas postas eu encontrei escamas. Mas uma coisa que é muito charmosa é a própria localização. Você se senta literalmente do lado do mar, com brisa, peixinhos nadando bem pertinho, pode ver o pôr-do-sol, se quiser, enfim super a ver com umas férias gostosas. Todo mundo lá está vestido com short, camiseta, chinelo, bem climão de praia mesmo.

Vista das mesas

Existem mesas dentro e outras do ladinho do ancoradouro

peixinho nadando

Peixe nadando aos nossos pés. Se alguém souber o nome do compridinho aí, me avise.

mesas no píer

Também é possível sentar-se no final do píer

Resumindo: vá naquele clima de quem curte comer um espetinho de camarão à beira-mar. Mas se você quiser comer um bom prato de peixe fresco, existem outros restaurantes (que também vendem peixe pescado no mesmo dia) com cozinheiros que sabem fazer outros pratos que não sejam de fritura de imersão. 😉

Comidas típicas de Aruba – doces de padaria

Vai um dente de cachorro aí? Ou quem sabe uma orelha? Que tal experimentar uma caquinha? Opa, não se assuste! São só iguarias típicas de Aruba. 😀 Faz tempo que estou devendo um ou mais posts sobre as comidas típicas de Aruba. O problema é o perfeccionismo. Eu fico querendo ter fotos legais, daí as vezes estou sem a câmera, às vezes falta bateria, às vezes esqueço. Até que eu lembrei que pelo menos uma categoria é fácil de ter fotos: a dos doces de padaria. Então bastou fazer uma visita à padaria do meu bairro para poder fazer a reportagem fotográfica. :)

Vejam um pouco da variedade dos artigos de confeitaria.

Tert

Um doce comum é basicamente por coisas dentro de uma massa amanteigada. Isso é chamado tert por aqui. As tortinhas mais comuns são tert di pruim (torta de ameixa) e tert di coco (torta de côco).

 Cocada

cocada tradicional Aruba

Assim como no Brasil, existe uma grande variedade nos tipos de cocada. A mais comum ou tradicional é a branca ou com colorantes.

cocada de açúcar mascavo e de amendoim

 

Existem as feitas com açúcar mascavo e outras feitas com amendoim.

cocada de leite em pó e de leite condensadoTambém tem as feitas com leite condensado e as feitas com leite em pó.

cocada de amendoim e dente de cachorroE finalmente a cocada de amendoim (esquerda) e o famoso dente de cachorro (djente di cacho) à direita, que nada mais é que uma cocada feita com côco em pedaços.

Bolos

Bolo di manteca

Uma das poucas palavras que o papiamento de hoje em dia tem em comum com o português é a palavra bolo. Nas padarias nunca falta uma sessão de bolos brancos com diversos recheios: doce de leite (aqui chamado caramelo), chocolate ou creme. Bolo branco aqui é chamado de bolo di manteca.

cupcakes e mini-cupcakes

Também sempre estão presentes os cupcakes e mini-cupcakes.

bolos diversos

Em Aruba, segue-se a tradição holandesa de vender bolos em porções já cortadas e embaladas. Cortar e pesar ao gosto do freguês nem pensar. Morro de lombrigas só de pensar na amor aos pedaços…

bolos tradicionais

Bolos tradicionais como de gelatina colorida, de chocolate, de cheesecake ou de tiramisú.

bolo di cashupeteEsse é o meu favorito: bolo di cashupete (castanha de caju). Amo de paixão: é um bolo com creme de castanha de caju moída com açúcar e manteiga. Quem experimenta não esquece jamais! É o mais caro, isso é verdade, mas castanha de caju é cara em todos os países que eu conheci. Se alguém souber de um lugar onde a castanha de caju seja barata, me avisa que vou lá me acabar de tanto comer.

Donuts

donuts

Os donuts, com glacê, sem glacê, recheados ou não também são consumidos no café-da-manhã. Antes de sair do Brasil, a idéia de comer um doce no café-da-manhã me parecia estranha, mas depois de morar oito anos na Espanha e dois em Aruba, acabei me acostumando com a idéia.

 Flappen e tortas

pruimflap e tortasUm doce tradicional holandês é o appelflap, muito comum de encontrar por aqui. O conceito é simples; põe-se um pouco de geléia de maçã dentro de um pedaço de massa folhada. Aqui em Aruba, o povo foi além e criou variações com ameixa (arubiano adora ameixa e passas) e com creme de baunilha. Sabe aquelas tortinhas de morango que tem no Brasil? Aqui também costuma ter, mas como agora não é época de morango, surgem variações com frutas diversas.

Cookies

cookiesOs biscoitos amanteigados aqui são conhecidos pelo nome em inglês e às vezes podem ter alguma variação, como recheios.

Oreya

oreyaOlha a orelha aí, gente! Esse pão meio caramelizado recebe esse nome porque seu formato supostamente lembra as orelhas de um elefante. 😛

 Bolita di tamarijn

bolita di tamarijn

Eu nunca experimentei esse aí porque eu achava que era feito de amendoim (que eu detesto), mas agora que descobri que é de tamarindo, vou me arriscar.

Dulce de leche, kakinja e chupa bebe

dulce de leche, kakinja e chupa bebe

 

Os nomes são diferentes, mas os sabores conhecidos. O que se conhece como dulce de leche aqui em Aruba é o nosso doce de leite ninho, o tal kakijna (pronucia-se caquinha) é o nosso puxa-puxa e o chupa bebe (diz-se chupa bêbe) é aquele docinho tipo pirulito, mas transparente. Não consigo me lembrar o nome, mas sei que tem no Brasil sim.

Vla hoorntjes e tompouce

 

vla hoorntjes e tompouce

 

E por fim, duas iguarias holandesas fáceis de achar aqui no meu cafofo caribenho: vla hoorntjes (chifres de vla) e tompouce (pronuncia-se tompús). O tompouce é o doce favorito do maridão (às vezes ele mente que perde para o meu pavê, mas eu não acredito). Já eu prefiro um vla de supermercado, bem geladinho para comer com colher. E vocês? Alguém aí ficou com lombriga?

Meu aniversário no Blossoms

retrato de familia

Dia 4 foi meu aniversário e resolvemos comemorar num dos nossos restaurantes favoritos, o Blossoms. Aliás, a temporada de aniversários em setembro está alucinante: estamos tendo uma média de 3 por semana. Na próxima é o aniversário da filhota e por isso não costumo fazer nada no meu. Festa de criança sempre tem aquelas preparações trabalhosas, como fazer convite, comprar coisas do tema, preparar os saquinhos surpresa, comprar os badulaques da pinhata e como a família do meu marido é grande, eu não tenho ânimo de receber mais de cem pessoas duas vezes no mesmo mês.

Fazia muito tempo que não íamos ao Blossoms, que é um restaurante asiático cujo forte é o show nas mesas de teppanyaki. Teppan yaki significa carne na chapa em japonês e os restaurantes de teppanyaki são muito populares nos EUA e, consequentemente, não podia faltar em Aruba. Pelo o que me consta, na versão brasileira, a carne e os legumes são levados para a mesa numa chapa, mas fora do Brasil, esse tipo de restaurante costuma incluir um show. Os clientes se sentam em cadeiras postas em forma de U ao redor de um balcão e no centro tem uma chapa, onde o chef prepara o yakimeshi, os legumes e a carne na frente dos clientes, normalmente fazendo malabarismos com os talheres, com os ovos e fazendo desenhos com o yakimeshi. Em cada mesa com show sentam-se até quinze pessoas, o que significa que, a não ser que você esteja num grupo grande, vai se sentar com outras pessoas. Na nossa mesa haviam dois outros casais, todos turistas americanos, muito sociáveis e falantes, como costumam ser.

Uma das coisas que gostamos (principalmente a filhota) no Blossoms é a decoração, cheia de efeitos com água.

aquario

filhota admirando uma das cascatasfilhota curtindo a cascatinha

 

O menu era simples, algumas opções de entrada e na seção de prato principal, basicamente o que você tem pra escolher são os tipos de carne que quer, porque o menu já inclui uma sucessão de pratos. Acabamos pedindo um tempurá de entrada, mas nem devíamos, porque acabamos não conseguindo terminar nossa comida de tão cheios. Os preços do prato principal variavam de uns $27 a $39, dependendo do tipo de carne. Pedimos dois special of the day, que naquele dia era um mixto de carne, frango e camarão.

A refeição começou com uma saladinha. Tomei uma piña colada para acompanhar aproveitando que não estava dirigindo. 😀

nossa salada e bebidasEm seguida havia duas opções de sopa, escolhemos a de frango (não me lembro qual era a outra). Na verdade é mais um caldo porque do frango mesmo, nem sinal.

sopa de frango Depois veio o tempurá que tínhamos pedido à parte.

tempuráA seguir, chegou o chef e começou o show. O primeiro truque que ele fez foi acender um fogo que assustou tanto a filhota, que demoramos quase dez minutos para que ela se acalmasse e aceitasse sentar-se na mesa outra vez. Por isso, fica um aviso aos pais de crianças pequenas: talvez seja uma boa ideia pedir ao chef para saltar essa parte do fogo. O resto do show, achamos bem fraquinho, talvez porque tenhamos tido um chef tão bom da última vez, que fazia tantos truques, que ficou aquela expectativa na nossa cabeça. Ele, por exemplo, só fez um desenho com o arroz enquanto o outro fazia vários, realmente brincava com a imagem. Então, a questão do show acaba dependendo muito de sorte, porque pelo visto, o nível dos chefs não é igual.

chef preparando o arroz

 A quantidade de comida acabou superando a nossa fome.

teppanyaki de carne e legumes

Para finalizar, faz parte do menu um sorvetinho. Como meu marido tinha avisado que era meu aniversário, o meu veio bem grandão, com uma daquelas velas que parecem um foguete e os garçons vieram cantar parabéns para mim.

meu sorvete de parabéns

A conta veio salgada, mas isso já sabíamos, saiu $114. Tínhamos pedido dois pratos, um tempurá de entrada e umas 4 bebidas. Os 15% do serviço vieram incluídos na conta. Resumo da nossa experiência: ficamos decepcionados com o show, que foi a maior razão de termos ido lá, mas a comida era farta e gostosinha. Bom, eu achei a carne salgada, meu marido achou normal, mas talvez seja porque eu ando usando cada vez menos sal, então pode ser uma questão de paladar.

Você já comeu em restaurante teppanyaki? Deixa o seu relato aí pra gente comparar nossa experiência. 😉

Onde comer em Aruba

A variedade de lugares onde comer em Aruba é tão grande que eu demorei muito para fazer esse post e agora, depois de 5 anos eu já foi preciso reformulá-lo porque foram muitos os lugares visitados e uns lugares abriram e outros fecharam. Então, sem ter intenção de ser a maior autoridade no assunto, eu resolvi por os lugares que nós aqui em casa visitamos e que eu acho que valem a pena entrar numa lista.

 Café da manhã

Jack’s Cafe – esse é um restaurante bem informal que está dentro do supermercado Super Food, em Eagle Beach. Ele abre para todas as refeições, mas o que gostamos mesmo de comer lá é o café-da-manhã: super farto, com opções para todos os gostos e com preço justo. Você entra no final da fila e pega uma bandeja, daí você passa por uma seção de recheios, sim só recheios. Você então escolhe o recheio e o tipo de pão. Exemplo de recheios: brie com tomate fresco e molho pesto, patê de atum com salada, queijo, presunto e salada, salmão defumado e salada. Se você não gostou das opções, siga em frente. A seguir tem opções de sucos e chás gelados. Se você ainda não quer nada, siga em frente, existem opções de salgadinhos, como croquete, pastechi (o pastel de Aruba), ovos mexidos, bacon, linguiça frita, entre outros. Se você não quiser nada disso porque gosta de café da manhã simples, você pode pedir, por exemplo, mixto quente, só que aqui o nome dele é tosti ham and cheese. Se você só quiser um pão com manteiga, peça o tipo de pão que quiser, que a manteiga está exposta do lado do caixa, à vontade, sem precisar pagar. Ao lado da caixa também está a máquina de café expresso.

jacks cafe

The Dutch Pancake House – restaurante especializado em panquecas holandesas que fica no Renaissance Market Place, em Oranjestad. A panqueca holandesa tem uma massa bem parecida com a nossa, só que em vez de fazer enroladinhas, elas são apresentadas abertas, como uma pizza. A maneira mais tradicional para um holandês comer é com açúcar de confeiteiro e mel, mas como eu não gosto muito de doce, eu normalmente como alguma combinação de presunto, queijo e cogumelo. De todos os modos, existem mais de setenta opções de panquecas doces e salgadas para todos os gostos e se você quiser seguir a tradição holandesa, coma panqueca no café-da-manhã. 😉

Laguna – restaurante dentro do Hilton, em Palm Beach. Fiz uma resenha completa do café-da-manhã do Laguna nesse post aqui.

Almoço

Aquarius – restaurante dentro do prédio do hotel Renaissance, em Oranjestad. Gostamos do Aquarius porque é um buffet de qualidade que além da variedade de saladas e pratos quentes, também tem pratos preparados na hora. Na hora do almoço são opções de macarrão e de noite, preparam peixes e frutos do mar grelhados. Existe da opção de pagar só o bufê de saladas e sopa ou o bufê completo.

aquarius bufê de saladas

Cocoplum – praticamente a única oportunidade para se comer como um arubiano é se você estiver fazendo compras na Mainstreet. Lá tem um restaurante simples de comida caseira que eu adoro. Ele fica em frente ao Burguer King e na hora do almoço tem specials of the day – pratos do dia – por $10, algo impossível de encontrar em qualquer zona turística da ilha. Aqui está um exemplo dos pratos do dia da última vez que fui almoçar lá: filé de peixe, filé de salmão, nasi goreng (versão indonésia do yakimeshi), bami goreng (versão indonésia do yakisoba), macarrão com molho alfredo e frango ou camarão, macarrão com frutos do mar e sopa de carne ou frango.

menu do cocoplum

The Kitchen – um dos únicos restaurantes por quilo de Aruba, fica atrás do supermercado Certified, em Eagle Beach. Também com um bom surtido de saladas e pratos quentes, conta com carnes grelhadas e, uma raridade em Aruba, feijão. O preço do quilo é $20.

J.H.Yee’s – restaurante de comida oriental de qualidade e bom atendimento em Palm Beach, no shopping South Beach Center. Para quem não está muito a fim de gastar no almoço, pode pedir um menu de 5 pratos que sai por menos de $30. Eles também têm mesa de teppanyaki, mas precisa reservar com boa antecedência.

Zeerover – parada obrigatória para quem estiver voltando de Baby Beach, fiz um post aqui.

Jantar

Driftwood – é um restaurante de peixes e frutos do mar cujo proprietário é pescador. O resultado: não só você vai comer comida de qualidade, como vai ter a garantia de que o peixe é o mais fresco possível. Inclusive tem uma possibilidade que nunca fizemos, mas eu sei que contatando o restaurante, é possível agendar um passeio de pesca junto com o dono, daí você sai para pescar de manhã, e de noite vai ao restaurante comer o peixe que você pescou preparado pelo chef. O restaurante fica em Oranjestad, na rua detrás da Mainstreet, é meio escondidinho, eu recomendo olhar no GPS antes de ir.

El Gaucho– o meu restaurante favorito de carnes é esse argentino. Empanadas, chimichurri, doce de leite, fica difícil escolher o que eu gosto mais. Só tenha em mente uma coisa: você sai de lá direto para cama porque a quantidade de comida derruba até os mais fortes. Também fica no centro, Oranjestad, na rua Wilhelminastraat.

Matthew’s – restaurante informal, para quem estiver procurando um jantar escutando o barulhinho do mar. Super recomendado para quem tem filhos, não só por terem joguinhos e canetinhas para colorir, mas porque dá para a criança ficar brincando na areia, bem do lado da mesa dos pais. Gostamos de comer costelinha de porco, spare ribs, super bem feita. Para nós brasileiros, eu recomendo pedir molho à parte. Eu sou do tipo que não gosta de nada adocicado e quem já comeu spare ribs fora do Brasil sabe que eles adoram um pouco de açúcar nas carnes. Lá no Matthew’s existe a opção de pedir o molho à parte, então para o meu gosto fica perfeita, assada só com temperos salgados.

matthew's Aruba

Também recomendo e avaliei:

Blossoms

Taste of Belgium

Gostoso

Cuba’s Cookin’

Alguém querendo recomendar algum restaurante? Diga nos comentários qual você visitou e gostou.

*Atualizado em junho de 2017