Nossa semana no Hilton – área externa

vista da piscina principal

Chegamos ao ponto forte do Hilton: a área externa. Sempre fui fã do conjunto: paisagismo legal, boas piscinas, bastante sombra e acessibilidade total para crianças e pessoas com dificuldade de locomoção. Para completar, como fomos em plena baixa temporada, tínhamos a piscina praticamente só para nós durante toda a semana. Só na 6a feira apareceram outros hóspedes, locais também, que tinham comprado seu weekend stay. Cheguei até ficar com pena do Hilton por ter tão poucos hóspedes, até que 4a feira, resolvemos ficar numa palapa na praia. Foi então que vimos o motivo: os turistas não querem saber de piscina não, a praia estava lotada, todas as palapas ocupadas! Como para nós, praia é feijão com arroz, o nosso lance eram as piscinas mesmo e aproveitamos nossa imensa piscina particular. 😀

vista geral área externa

As piscinas

O Hilton tem duas piscinas que são quase interligadas. Uma delas é bem grande, faz várias curvas e por ela passam duas pontes. A outra é um pouco menor e tem uma rede de biribol. Ambas são de entrada zero, ou seja, não tem escada para entrar, em seu lugar, o nível da piscina vai ficando gradativamente mais fundo, como se fosse o mar. As duas piscinas tem profundidade máxima de 1,40m, ou seja, não são para mergulhar, mas sim para nadar. O mais legal de uma piscina de entrada zero é que ela é bem aproveitada por crianças pequenas, que podem elas mesmas escolher o seu nível de conforto.

vista a partir de uma das pontes

Toda nossa!

vista piscina pequena

Jogo de biribol familiar na piscina pequena

primos

Primos

divisa piscina grande e pequena

Uma pequena faixa de areia separa uma piscina da outra

marido e filhota nadando

Tubarão pai e tubarão filha nadando

Numa das pontas da piscina grande tem algumas fontes que ficam jorrando água. Como lá também tem algumas espreguiçadeiras de plástico, muita gente fica reposicionando de acordo com a quantidade de água que querem.

cadeiras da piscina

Minhas sobrinhas acabaram usando as fontes como um massageador de costas ;)

Faltou mencionar que eles tem também uma piscina de hidromassagem – whirlpool – que fica entre a torre Curaçao e a divisa com o RIU, meio escondidinha. É uma delícia, só que eu sou meio sensível a água quente. Claro que não é aquela água quente de queimar, mas demora um pouquinho para se acostumar com ela. E eu acabei ficando só uns cinco minutos, porque por mais gostosa que fosse a massagem, eu já estava louca para dar uma refrescada.

whirlpool

Para quem gosta de banho quente…

A questão da sombra

cabanas à beira da piscina

O Hilton tem dois tipos de estrutura de sombra: as palapas na praia e as cabanas (tent) na beira da piscina. Como eu já comentei há muito tempo atrás, a praia em Aruba sempre é pública, assim como as palapas, mesmo que tenham sido construída pelo hotel. Isso significa que nenhum hotel pode cobrar pelo uso de uma palapa na praia e nem proibir alguém que não seja hóspede do hotel de usá-la, mas não as espreguiçadeiras. Alguns hotéis até tem uma plaquinha dizendo isso perto da praia, mas eu não vi nenhuma por lá. O que eles fazem em relação às palapas é fazer uma reserva não-paga para os hóspedes (que também não deveria existir, mas enfim…), já ouvi falar que durante a alta temporada essa reserva é cobrada. Sorte deles que na semana em que estivemos eles não fizeram isso, porque meu marido trabalha no departamento de uso de espaços públicos, assim que saibam: isso é ilegal. Na cabine das toalhas (towel hut) tem uma senhora que aponta o nome das pessoas que querem fazer a reserva para o dia seguinte. Tem gente que acha mais legal ficar na primeira fila de frente para o mar e faz esse tipo de reserva. A palapa tem que estar ocupada até às 10 da manhã, se não estiver, qualquer outra pessoa pode usá-la.

vista palapas

vista da praia

cadeiras preparadas para casamento

Nesse dia ia ter casório

Já a questão das cabanas da beira da piscina é diferente: essa é uma estrutura especial disponibilizada para os hóspedes. A reserva custa $25 e você ganha o direito de ter seu nominho escrito numa plaquinha e também tem direito a serviço de garçom do Gilligan’s, ou seja,eles vêm perguntar o que você quer e trazem o seu pedido. Dentro da cabana tem ventilador e dá pra fechar dos lados, caso você esteja incomodado pelo sol vindo de algum dos lados. Eles dizem que se a cabana estiver vazia às 13h, qualquer pessoa pode usá-la. Nós acabamos usando desde de manhã qualquer uma que quiséssemos porque a piscina estava tão vazia, assim como as cabanas e vimos que não era preciso fazer reserva.

vista detalhada de uma cabana

Acessibilidade e jardins

cascata artificial

Um fator que eu acho muito bom da parte externa do Hilton é a ausência de degraus. Todas as áreas comuns são acessíveis por rampas,o que complementa o fato das piscinas também serem de fácil acesso.

palapa para cadeirantes

Palapa reservada para cadeirantes

caminho pelos jardinscaminho bordeando a praiaPara saber mais sobre a acessibilidade em Aruba, não deixem de ler os ótimos posts da minha leitora Laura Martins, autora do blog A Cadeira Voadora, que se hospedou no Hilton, a propósito. :)

redes no jardim

Ideal para uma sonequinha

arvore nativa no jardim

Eu gostei que eles mantiveram algumas árvores nativas

Outro detalhe dos exteriores são as gaiolas com araras e outras aves “exóticas”. Eu sou contra pássaros engaiolados, mas confesso que gostei de ter contato com eles. Todos os dias das 11h às 12h, o cuidador deles abre as gaiolas e deixa que os hóspedes tenham um close encounter, hehehe. Aqui temos o nosso registro da experiência.

eu com uma arara

Ninando uma arara

minha sobrinha e quatro araras

Um tipo de pau-de-arara :D

filhota com uma arara

A filhota só teve coragem no colo da tia, hehehe

Se você gostou do post e quer fazer uma reserva no Hilton, clique aqui.

Nossa semana no Hilton- a estrutura

vista Gilligans

 Chegou a hora de contar como é a estrutura do Hilton. A importância da estrutura costuma variar segundo o perfil do viajante. Como o Hilton é um resort, ele busca atender aqueles que, se quiserem, podem passar suas férias inteiras no hotel, então eles tem o pacote esperado: bares, restaurantes, lojinhas, spa, kids club e cassino.

Restaurantes

O Hilton tem três restaurantes e um bar. No site deles, eles anunciam um quarto restaurante chamado La Playa Torchlight Dinner, só que isso, na verdade, é uma opção de jantar na praia que eles oferecem, com tochas iluminando. Não cheguei a procurar o preço. O restaurante principal, que só abre para jantar, é o Sunset Grille, que fica no térreo da torre Aruba. Não comemos lá nenhum dia, então dele só tenho foto.

vista do sunset grille radisson

Uma parte das mesas fica com vista para praticamente toda a área externa do hotel

O outro restaurante chama-se Laguna e fica ao lado do lobby da torre Curaçao. Ele só abre para café-da-manhã e funciona em esquema de buffet. Não sei vocês, mas eu amo aquela fartura de café-da-manhã de hotel. Só comemos lá um dia, a família toda. Custa $25 e crianças menores de 5 anos não pagam.

vista da entra do Laguna

Para entrar é preciso cruzar uma pontezinha charmosa

pães variados

Mesa de pães e bolos

Um choque cultural que eu continuo tendo em Aruba é a questão do café. Nem vou repetir aquela história do café aguado. Sim, é aguado, a não ser que você peça café expresso, sempre vai ser aguado. Mas, para mim, o problema é no café-da-manhã dos hotéis, onde não dá para pedir expresso. Eu gosto de tomar café com leite de manhã. E o problema começa por não conseguir leite. Esses três recipientes abaixo contém leite gelado nas versões integral, semi-desnatado e desnatado. Porque para os americanos, a única função do leite é para tomar com os cereais supostamente saudáveis e mega açucarados. Nos hotéis do Brasil e da Espanha, além de normalmente existir leite quente disponível nos buffets, sempre tem aqueles sachezinhos de café solúvel ou de achocolatados. Aqui em Aruba não. O café, eles costumam servir na mesa e é aquela coisa transparente. A versão americana de café com leite é por um pouco de leite concentrado, quase um creme de leite, que vem em jarrinhas super pequenas, menores que uma xícara de café brasileira que são misturados com o café aguado. Como eu preciso de leite morno de manhã para sentir que acordei, eu pedi para o garçom, super atencioso. Quando eu falei que queria café com leite, ele apontou para o café aguado e o leite concentrado, falou que era só misturar. Como ia demorar muito para explicar o que eu queria, perguntei se tinha como tomar leite com achocolatado. Ele falou que ia pedir para prepararem dentro e que me trazia. Logo depois chegou. Até que era mais ou menos o que eu queria, com o detalhe que fizeram com leite desnatado e obviamente não tinha sabor. Mas aí acho que deve ter sido falha minha por não ter especificado que queria leite integral. Enfim…

mesa de leite e cereais

Mesa de leites e cereais

Daí vem a minha parte favorita do café-da-manhã: os ovos. No Laguna tem uma estação de omeletes em que a atendente prepara o omelete com o recheio que você quiser: cebola, queijo cheddar, queijo gouda, bacon, presunto, pimentão, cogumelos, tomate e não me lembro mais o quê. Delícia!

estação de omeletes

A moça simpática prepara o omelete na hora.

Os bagels (pão típico de Nova York) são obrigatórios em qualquer café-da-manhã de hotel arubiano. Na parte de opções quentes tinha ovos mexidos, pastechi (pastéis típicos de Aruba), salsichas, bacon, batatas cortadas grandes fritas e outras opções que eu não me lembro, sorry. Breakfast buffet para mim é sinônimo de omelete e acabo não dando bola para as outras coisas.

buffet de pratos quentes

estação de frios

Estação de frios, queijos e iogurtes

O restaurante tem uma varanda grande, onde dá para tomar café-da-manhã olhando os jardins e à beira de um laguinho com peixes.

area externa laguna

varanda do laguna

lago com peixes

Mas, como bons arubianos, meus sogros preferiram ficar dentro. Arubiano não vive sem ar condicionado, galera, vocês não tem idéia.

vista da área interna

Olha a nossa mesa lá no fundão

Outro restaurante é o Gilligan’s, que fica na praia. É o único que serve as três refeições do dia e o único que serve almoço. Lembrem-se que almoço aqui significa almoço americano, que pode ser sanduíche, salada ou sopa. Não comemos lá nenhuma vez, mas no ano passado tivemos amigos que se hospedaram no Hilton e que sempre comiam lá. Eles gostavam e eu me lembro que eles sempre compravam uma salada de frutas gigantesca que dava para toda a família.

vista gilligans

Para completar o time, existe o bar Mira Solo. Ele fica no mesmo nível do saguão da torre Aruba, que está no alto, com uma vista para toda a área externa do hotel. Como em Aruba o sol se põe no mar, beber uns coqueteizinhos olhando o sol se por, não é nada mal ;). Só fomos ao Mira Solo na terça-feira, que é o dia de boca livre, huahuahua. Toda terça tem drinks à vontade e sorteios a partir das 18h. São sorteados mimos como massagem no spa Larimar, um jantar para dois e fichas para o cassino. Não ganhamos nada, apesar do nosso grupo ser grande (deixaram eu preencher um papel até no nome da filhota), mas valeu pelas duas piñas coladas deliciosas. 😀

mira solo

happy hour

happy hour Mira Solo

nossa turma na happy hour

Na faixa! :)

vista mira solo

Kids Club

Eu sou de opinião que kids club em resort chama-se baldinho, areia e piscina, mas para quem gosta ou acha que vai precisar, fui ver como era o kids club. Ele fica do lado esquerdo da área externa do hotel e basicamente é uma salinha que oferece serviço de babysitter.

vista kids club

No dia que eu fui ver só tinha uma menina, de uns 10 anos, que os pais estavam deixando em período integral porque iam fazer um tour. Eu achei chato, por vários motivos: não tinha nenhuma outra criança, então ela ia ter que ficar o dia inteiro em companhia do monitor, a área externa do Hilton é enorme, com muito espaço para uma criança se divertir de maneira mais saudável que ficar dentro de uma salinha, só que o monitor não pode levar a(s) criança(s) para a piscina. Algo que eu até entendo, por razões de segurança. Mas, enfim, para quem quiser saber como funciona, eu tirei foto inclusive da tabela de preços. No ano passado, nossos amigos canadenses usaram os serviços do kids club algumas vezes, mas eles têm gêmeas, então, pelo menos uma faz companhia para a outra. Vale lembrar que o kids club só aceita crianças de 4 a 12 anos e que os monitores falam inglês e espanhol.

mesa de ping pong kids club

interior kids club

tabela de preços

Lá pelas duas ou três horas da tarde, eu voltei ver a menina que estava no kids club. Acho que ela cansou de ficar lá dentro e pediu para ver a piscina. No final, ficaram ela e o monitor sentados à beira da piscina, sem poder entrar. Achei bem incompreensível, considerando que pela sua idade, ela poderia ir a qualquer tour pela ilha.

Lojas

Na torre Aruba fica a maior loja de conveniência do Hilton: é uma loja bem grande e com artigos variados. Tirei umas fotos para mostrar a variedade. Logo de cara, tinha uma vitrine do Britto, o recifense radicado em Miami considerado o novo Picasso por alguns.

lojinha britto

roupas informais masculinas

roupa de praia ao estilo americano

lembrancinhas variadas

No lobby da torre Curaçao tem outra lojinha de conveniência bem menorzinha.

loja torre Curaçao

Na torre Aruba tem uma versão mini de uma das maiores joalherias de Aruba. A ilha é famosa pelo preço e variedade de suas jóias. Dizem que aqui as jóias custam uns 30% a 40% menos que nos EUA e por isso muitos turistas americanos reservam uma graninha para comprar jóias por aqui.

joalheria

Cassino

O cassino do Hilton tem uma das entradas pelo saguão principal e está na torre Bonaire. Eu até pensei em ir dar uma olhada algum dia à noite, mas essa história de ficar debaixo do sol o dia inteiro cansa tanto que nas duas noites que dormimos lá acabamos dormindo super cedo, então fica só a foto para contar a história.

vista da entrada do cassino

Outros

Vale a pena comentar que no saguão tem um caixa eletrônico que aceita cartões do Brasil para o saque, então nem se preocupe em viajar com dólares ou florins. Como eu expliquei antes, é possível sacar dinheiro aqui com cartões do Brasil, desde que o banco brasileiro permita saques no exterior.

caixa eletrônico saguão

Também vale a pena comentar que em todos os corredores existem máquinas de gelo. E nos quartos tem um balde de gelo, então vale a pena trazer uma bolsa térmica e comprar cervejas ou refrigerantes num supermercado.

O que faltou eu ver: não cheguei a ver o spa, mas sei que ele está aí. Spa no Brasil não sei porque é conhecido com um lugar de regime, mas fora do Brasil é um lugar que faz tratamentos de beleza, especialmente massagens e limpezas de pele “light” que tem menos a ver com tirar os cravinhos e mais a ver com massagem facial e máscaras cheirosas.

Ufa! Acho que falei de tudo o que vi. Agora fica faltando a minha parte favorita: a área externa. Aguardem as cenas dos próximos capítulos…

Se você se animou a fazer reserva no Hilton clique aqui. Obrigada!

A nossa semana no Hilton – o quarto

Meus sogros se hospedaram por uma semana no Hilton e nós, como bons locais, acabamos aproveitando muito a estadia, então chegou a hora de comentar.

Para os que estão curiosos com o preço, nem adianta contar, porque eles conseguiram uma boiada dessas que só os locais conseguem. Vejam só: estamos em plena baixa temporada, então a diária já fica abaixo de $200; some-se a isso que todos os hotéis tem uma tarifa especial para locais, que é mais baixa que a tarifa mais baixa oferecida aos turistas; some-se a isso que a gerente é filha de uma amiga da minha sogra, então ela conseguiu um desconto para familiares, que dá um preço melhor que a tarifa para locais. E a cereja do bolo foi que ela fez um upgrade para uma suíte no térreo (sendo que eles pagaram por um quarto normal), quase de frente para a piscina grande, nós dávamos uns 15 passos e estávamos dentro d’água. 😀

Então vamos ao hotel. O Hilton tem três torres: a principal é a Aruba Tower, ao lado dela fica a Bonaire Tower e a terceira é a Curaçao Tower, onde ficamos. Bom, ficar para dormir, ficamos as duas últimas noites, porque as quatro primeiras tiveram nossos sobrinhos como convidados.

aruba tower

Aruba Tower – o prédio principal

bonaire tower

A Bonaire Tower é mais baixinha. Lá ficam o cassino e o restaurante Laguna.

Curaçao Tower

A torre Curaçao é a mais nova e tem estacionamento próprio

O quarto

 

As suítes ficam bem na ponta, por ter uma configuração diferente e ter uma sala de estar separada do quarto, além de duas varandas: uma pequena no quarto e uma maior que dava para a sala.

vista da sala da suite

Tive que tiver uma foto da suíte em frente porque a nossa estava permanentemente uma zona

A única coisa que não aparece na foto é uma mini pia de cozinha perto da porta, com armários embaixo, uma máquina de fazer café e um balde de gelo em cima.

cama king size

Para quem ficou curioso como coube mais gente no quarto: o sofá da sala era sofá-cama e o hotel também ofereceu uma cama de solteiro extra, que ficou na sala, sem custo adicional.

vista da terraça

Só uns passinhos e a piscina já está logo ali…

Nosso parecer do quarto: bom, não chegamos a um consenso. Eu gostei bastante, meu marido não, mas precisamos dar um desconto porque ele é arubiano. Por exemplo, tanto ele quanto meus sogros não gostaram da pia pequena, mas obviamente eles estão acostumados com as cozinhas super equipadas dos timesharing. Eu acho normal, a maioria das pessoas que vem de férias não faz compras e come fora mesmo. Ele também não gostou de algum aspecto da parede, que eu, ainda leiga em arquitetura após tantos anos, não fui capaz de perceber.

Então, para mim em linhas gerais, o quarto era bom: grande, confortável; banheiro idem (esqueci de tirar foto); 2 tvs de lcd com tela grande – calculo que umas 40 polegadas – com muitos canais; ar-condicionado com controle de temperatura separado para a sala e o quarto. Havia um ferro e uma tábua de passar roupa embutida num dos armários, o que eu achei super prático se você for sair para passear à noite e quiser estar mais arrumadinha. O serviço de limpeza era excelente, as senhoras sempre muito gentis e prestativas. Elas viram que o quarto estava “abrigando” muitas visitas durante o dia e deixaram muitas, mas muitas toalhas extras todos os dias.

Os pontos negativos: o quarto só tinha internet por cabo, segundo soubemos. só existe wifi na Aruba Tower e no lobby de cada torre. Não gostei que não havia as cortinas blackout típicas de hotel. Eu gosto de dormir no escuro, temos cortina blackout até em casa e, para mim, as portas de persiana não escureciam o suficiente. Meus sogros dormiram na cama king size maravilhosa e nos restou o sofá cama obviamente desconfortável, mas existe algum confortável? Se existe, eu nunca vi. O grande porém do quarto é que ele é conjugado – ou seja – tem uma porta que o separa de outro quarto, caso alguém viaje com a família e queira dois quartos – e por isso, o isolamento acústico é ruim.   Descobrimos isso quando tentamos por minha filha para dormir no quarto mesmo em vez do sofá cama da sala. Tinha uma galera no quarto ao lado e estavam fazendo muito barulho. Nós escutávamos tu-do: conversas, tv ligada, gente abrindo latas, barulho de gelo. Também senti falta de um espelho de corpo inteiro no quarto.

Bom, esses foram os meus critérios, mas cada um valoriza coisas diferentes. Quem tiver alguma pergunta ou curiosidade sobre o quarto, deixa uma perguntinha aí que eu respondo.

E aguardem as cenas dos próximos capítulos, ainda tem muita coisa para contar…

Você gostou do post e quer fazer uma reserva no Hilton? Clique aqui e ajude esse pobre bloguinho. 😛

Os arubianos e os hotéis

vista de palm beach

Um hábito tipicamente arubiano é hospedar-se nos hotéis da ilha. Tem muita gente que estranha. Eu mesma, da primeira que ouvi, muitos anos atrás, que uma tia estava passando uma semana num hotel, estranhei. Como assim? Ela mora em Aruba e foi hospedar-se num hotel? A ideia me parecia muito esquisita. Por mais turístico que fosse o lugar, eu não conseguia entender a graça. Mas com o tempo e a convivência com um arubiano da gema me fizeram mudar de opinião.

Vejam bem, Aruba tem apenas 33 km de extensão por 9 km de largura. Então vocês podem imaginar que as opções de lazer são limitadas, pelo menos geograficamente. Claro que tem muito o que fazer, sendo um lugar tão turístico, mas muitas vezes você acaba preso na rotina do dia-a-dia e dar uma escapada para um hotel acaba sendo uma ótima diversão. Afinal, você vai estar naquele esquema de acordar, ir para a praia ou piscina, comer fora de casa e no caso dos arubianos, chamar a família e os amigos.

Ir para um hotel aqui é um evento social, o que não poderia deixar de ser, considerando como os arubianos são festeiros. É de bom tom que cada vez que você se hospeda no hotel, você ligue contando para todo mundo e convidando para visitar. Daí é só levar uma caixa térmica para por a bebida, salgadinhos e petiscos e aproveitar. Alguns hotéis são restritivos com o uso da piscina – só entra quem tiver uma fitinha no pulso – outros deixam que os hóspedes convidem amigos. Muita gente costuma inclusive comemorar o seu aniversário ou aniversário dos filhos nos hotéis. Acaba saindo mais barato pagar para hospedar uns dias e não ter que se preocupar com aluguel de salão, mesas, diversão e simplesmente deixar os convidados sentar na beira da piscina, bem relax.

Mais comumente os arubianos se hospedam nos timeshare, não pelo preço, mas pelo tamanho do quarto. Os quartos dos timeshare são maiores que os dos hotéis comuns, costumam ter balcão e sempre tem a cozinha totalmente equipada.

Bom, isso tudo para contar que na semana passada, a nossa família aproveitou as férias de outono – conhecida no Brasil como semana do saco cheio – no Radisson. Não, não é um timeshare. Mas eu tenho que explicar porque ficamos numa suíte. Aliás, ficamos não, meus sogros ficaram. Eles que se hospedaram lá por uma semana. Nós só dormimos lá na 6a feira e no sábado, apesar de termos ido passar o dia todos os dias.

Então aguardem o relato da nossa experiência no Radisson, com muitas fotos, a partir de amanhã. :)

Carubbian Festival – uma reportagem fotográfica

carubbian festival

Eu já falei um pouco do Carubbian Festival aqui, mas como uma imagem vale mais que mil palavras, uma reportagem fotográfica e com vídeo vai dar uma ótima idéia do que se trata. A oportunidade para as fotos veio na semana passada, quando foi inaugurado o posto de informações turísticas de San Nicolas, desenhado pelo meu querido marido. Olha só que lindão que ficou:

vista da fachada do posto

detalhe do interior

banda tocando

A inauguração teve show de música típica

O Carubbian é uma festa popular, promovida pelo ministério de turismo, que tem a intenção de preservar e mostrar a cultura popular, com música, artesanato e comidas típicas. Ele acontece em San Nicolas, todas as 5ªs feiras, das 18h às 22h. Os hotéis costumam vender um pacote que dá direito a transporte, ao show (que é a única parte paga do festival) e fichas para gastar lá – toda a comida vendida pode ser paga com fichas. Para os mais aventureiros, também é possível ir de ônibus de linha, que sai direto dos hotéis e cujo ponto final é bem na rua do festival.

mesa de pães e doces

vendedor de água de côco

confeiteira local

banca de artesanato

Artesanato local

banca de bijuterias

Eu, que sou do tipo que sempre está precisando de um brinco novo, adoro esse tipo de banca.

detalhe da banca de quadros e bijoux

banca de pulseiras coloridas

artesão

visão geral da rua

Outro motivo para ir ao Carubbian é conhecer o lendário Charlie’s Bar. Esse é um bar que existe há 71 anos, e, como tudo em San Nicolas, nasceu em função da refinaria. Dizem que a comida é ótima, mas o que chama a atenção mesmo é a decoração feita com milhares de badulaques trazidos por clientes. As pessoas costumam levar para lá alguma coisa típica do seu país ou da sua cidade e isso passa a fazer parte da decoração do bar.

fachada Charlie's Bar

vista do interior Charlie's Bar

Não dá pra ver muito bem, mas o lugar é apinhado de tranqueiras, inclusive o tetol

detalhe da fachada Charlie's Bar

A verdade é que visitar San Nicolas é atração turística até para nós de Oranjestad. O perfil da população é totalmente outro, inclusive lá é mais comum escutar inglês que papiamento. Em termos de perfil de habitantes é como se houvessem duas Arubas. Os moradores de Oranjestad, de modo geral, são de uma colonização mais antiga. Aruba  – ao contrário de Bonaire e Curaçao – nunca teve escravos. Para quem não sabe, os holandeses foram grandes mercadores de escravos e eles usaram suas colônias na época: Suriname, Curaçao, Bonaire e Sint Maarten como entreposto para o comércio negreiro. Aruba foi colonizada depois que a escravidão já tinha acabado, então quando os holandeses decidiram colonizar Aruba, os habitantes eram basicamente indígenas. De lá pra cá já houve muita miscigenação e muita imigração: de holandeses, chineses, filipinos, de muitos países sulamericanos e também de outras ilhas do Caribe. Mas, quando você pensa num arubiano da gema, tipicamente, ele não vai ser negro nem mulato.

Até que veio a refinaria, instalada em San Nicolas. Quando a refinaria veio, a cidade nem existia. Ela passou a existir como moradia para os trabalhadores dela. E esses trabalhadores vieram, em sua quase totalidade, de outras ilhas do Caribe. A quase totalidade das ilhas caribenhas fala inglês, as ilhas que, como Aruba, não tem o inglês como sua língua materna são exceção, o inglês é falado na grande maioria das ilhas. Então habitante típico de San Nicolas é negro, tem o inglês como sua língua materna e é protestante. Outra contribuição dos imigrantes que vieram para San Nicolas foi a parte musical. Foram eles que trouxeram os ritmos caribenhos que deram início ao carnaval arubiano 58 anos atrás.

Então, para finalizar, vou deixar um vídeo do Carubbian, com casais dançando merengue, que é um ritmo originário da República Dominicana e que não tem nenhum arubiano que não saiba dançar. :)

Carubbian Festival